O
senador Jorge Viana (PT-AC) rebateu as críticas da oposição sobre a
alteração da meta do superávit primário na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de 2015. “Ouço analistas falando em
irresponsabilidade do governo da presidenta Dilma no trato do dinheiro
do contribuinte. Uma parcela da população já deve ter concluído que é
isso mesmo, porque uma mentira reproduzida várias vezes termina ganhando
feição de verdade; e não é isso que está ocorrendo”, afirmou Viana, em
discurso no plenário na tarde desta terça-feira (9).
A
avaliação equivocada sobre a mudança no cálculo sobre a diferença entre
gastos e despesas do governo para pagamento de juros da dívida pública
se sustenta em discursos casuístas da oposição. Antes de Jorge Viana
ocupar a tribuna, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) foi o responsável por
continuar levantando “grandes mentiras”, como avaliou o petista, sobre a
medida. “A primeira delas: não é a primeira vez que um governo propõe
uma alteração na LDO, visando fazer ajuste na proposta de superávit
primário”, observou Viana.
Um
ano após a aprovação da Lei de Responsabilidade – legislação que passou
a obrigar o governo federal a prever uma meta fiscal –, o governo de
Fernando Henrique Cardoso solicitou, e obteve sem muita dificuldade, uma
mudança nas regras do superávit. “Mas isso não é notícia. Isso não pode
virar capa de jornal. O PSDB pode, no governo do PT é que não pode.
Como nós estamos hoje concluindo essa votação, no final do dia, numa
sessão do Congresso, fica parecendo que estamos cometendo um crime.
Aliás, alguns torciam para que a presidenta não aprovasse a alteração na
LDO, para que, aí sim, ficasse caracterizado um crime”, rechaçou Viana.
Em
2001, o superávit primário previsto era de 2,6% do Produto Interno
Bruto (PIB), o correspondente a R$32,3 bilhões. No entanto, o governo do
PSDB reduziu a proposta de superávit para 28,1 bilhões, o equivalente a
2,25% do PIB. E mesmo com o ajuste promovido, a meta não foi cumprida. O
resultado obtido foi de apenas de R$21 bilhões. “A verdade neste País
agora fica sendo escondida, para que a mentira possa prevalecer”,
criticou o senador petista.
Para
Viana a mudança no superávit ocorrida em 2001 para hoje difere pelo
fato de que, desta vez, não foi por falta de economia, mas por medidas
de incentivo ao emprego e renda dos brasileiros. Segundo ele, até
novembro de 2014, as desonerações nas folhas de pagamento de empresas
custaram R$ 75 bilhões aos cofres públicos; e as obras do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) demandaram outros R$ 51 bilhões. “Essa
conta dá, até novembro, R$ 126 bilhões, que é muito maior do que a
proposta de R$ 116 bilhões do superávit primário”, enfatizou.
“Nós
fazemos economia de um jeito diferente sim. A economia está sendo feita
deixando o trabalhador com dinheiro e com o seu emprego, deixando as
empresas com condições de manter o emprego”, ressaltou Jorge Viana.
“Ninguém está sendo irresponsável, muito menos a presidenta”, finalizou.
Fonte da Notícia: http://www.ptnosenado.org.br/textos/69-noticias/30430-viana-diz-que-oposicao-mente-no-discurso-sobre-superavit-
Fazer o contraponto é essencial! O último pleito político provou que não é recomendável cruzar os braços e esperar que a população, sozinha, tenha discernimento sobre temas, muitas vezes, bastante específicos. Além do mais, sabemos o quão parcial e pouco comprometidos com a verdade têm sido os nossos veículos de comunicação.
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